quarta-feira, outubro 18, 2017

As guerrilhas políticas de Travassô...

Junta de Freguesia de Travassô

A guerrilha política que, lastimavelmente, se vive na União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira, não é novidade por terras de Santos Mártires e do Judas: em 1993 partiram-se cacos por tudo quando era canto político travas-
sonense e a Junta de Freguesia foi dividida  
Aníbal Pires 
de Almeida
(CDS)

Mário Martins
(CDS, PS e
Juntos)

por três partidos: a presidência para Aníbal Pires (do CDS), com os vogais Mário Pires, o tio (do PSD), e Victor Coelho (do PS).
As eleições foram ganhas por Aníbal Pires, do CDS, com 373 votos. Apenas mais 7 que o tio Mário Pires (do PSD). E mais 251 que o PS de Victor Coelho (142).
A «coisa» deu para o torto, como era imaginável. A sociedade política de Travassô não gosta de consensos e assim foi. Os sangues partidários, para alguns, valem muito mais que o interesse colectivo. Há judiarias centenárias que são imortais.
Os eleitos de 1993 não se entenderam na formação do executivo e a salomónica deliberação da Assembleia de Freguesia foi dividir o poder pelas aldeias (pelos partidos). Um lugar para ti, outro para mim, outro para aquele. A coisa, todavia, deu para o torto, como era mais que expectável, e a turbulência política alargou-se aos 4 anos do mandato. Judiarias!
O presidente Aníbal Pires, entretanto, recandidatou-se em 1997 e ganhou (com 579 votos) com larga vantagem sobre o PSD do mesmo Mário Pires (328, menos 251) e o PS de Victor Coelho (apenas 73, menos 506!).
Nome comum dessas duas eleições e das de 2017, coincidência, é Mário Martins, que foi quarto da lista do CDS em 1993 e terceiro em 1997. Com a auto-demissão de Aníbal Pires, assumiu a presidência até 2017, passando pelo PS e agora pelo Juntos.

Volatização do PS


O PS foi sempre o principal (ou único) sacrificado da guerrilha partidária de Travassô. Como exemplo, dos 142 votos de 1993, desceu para os 73 de 1997. Com o mesmo candidato, Victor Coelho. Menos 69. Perdeu metade dos eleitores, volatizou-se, foi «vítima» da bipolarização CDS/PSD.
Os socialistas, numa daquelas mágicas muito fertéis na política, reapareceram em 2005,  em Travassô, quando foram «porto eleitoral» das ambições desmedidas de Mário Martins, que na altura se «evadiu» do CDS. Em 2017, quando MM se «deslocou» para o movimento independente Juntos, surgiu Júlia Melo e arrecadou um mandato.
Como será nas eventuais eleições de Março/Abril de 2018, com a previsível bipolarização PSD/Juntos? 

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